quinta-feira, 31 de maio de 2012

A Escolarização dos Saberes Populares e Sua Valorização na Educação Física

Por: Gustavo Côrtes
XI Congresso de Ciências do Desporto e EF dos Países de Língua Portuguesa.


Resumo

O presente trabalho busca fazer um estudo sobre a utilização dos saberes populares
na escola. Partiu-se da idéia de que o grande desafio da educação brasileira tem sido
investir na superação da discriminação e reconhecer a riqueza representada pela
diversidade etno-cultural que compõe o patrimônio nacional. Discutir-se-á a hipótese
de que a escola, utilizando-se em suas atividades pedagógicas de temas relativos à
pluralidade e diversidade cultural, permite a valorização da trajetória particular de
grupos que formam a nossa sociedade. Para isso, apresentar-se-á uma discussão
bastante atual no campo da Educação sobre as práticas pedagógicas multiculturais.
O multiculturalismo, como uma tendência pedagógica, favorece a recuperação dos
saberes populares como um conteúdo legítimo no currículo escolar. Para uma melhor
compreensão sobre os aspectos relacionados à cultura popular, à cultura do povo e
aos saberes populares, descreve-se a evolução desses estudos no Brasil, buscando-se
compreender o viés que restringiu os trabalhos sobre esses temas dentro dos processos
escolares. Conforme detectado, esses conteúdos só encontram significado nas
chamadas atividades extra-classe, com a denominação de atividades complementares,
extra-escolar ou de lazer, especialmente nas aulas de Educação Física. Programas
educacionais governamentais como os Parâmetros Curriculares Nacionais e o Projeto
das Escolas Plurais de Belo Horizonte, apesar das diferentes posições que norteiam
as suas diretrizes, apontam importantes indícios na busca da legitimação desses
conteúdos culturais e nortearam este trabalho, através de suas propostas multiculturais
ou dos temas ditos transversais. Finalmente, tentou-se esboçar alguns pressupostos
que justifiquem a utilização dos saberes populares na escola, partindo de uma
experiência realizada em uma Escola Plural de Belo Horizonte, verificando como os
professores estão compreendendo e atuando com elementos desse saber na sua
prática educacional.A legitimação de qual conhecimento deva ser transmitido pela
escola é um dos grandes entraves atuais existentes no campo educacional. Nesse
sentido, a escola deve ser local de diálogo, de aprendizagem, de convívio, respeitando
e valorizando as diferentes formas de expressão cultural

Fonte:  http://cev.org.br/biblioteca/a-escolarizacao-dos-saberes-populares-sua-valorizacao-educacao-fisica/

Plantas Medicinais e valorização dos saberes populares

Plantas Medicinais

O Brasil tem a maior biodiversidade do planeta com cerca de 55 mil espécies de plantas superiores conhecidas. A maioria é usada pelo ser humano como fonte de alimento, como matéria-prima para construção, como medicamentos para cura de enfermidades ou no uso de aromatizantes.

O conhecimento tradicional de grupos sociais que fazem uso das plantas é a fonte essencial para a descoberta dos princípios ativos- substâncias capazes de exercer uma ação de cura-responsáveis no combate de doenças.

O Brasil vem sendo alvo de um processo de usurpação de conhecimento tradicional que grupos étnicos e comunidades tradicionais possuem no uso das plantas medicinais; a retirada das plantas medicinais retiradas do país para o exterior,as quais retornam na forma de produtos patenteados, nos leva a pagar caro por uma riqueza nacional.

Atualmente, o comércio de medicamentos fitoterápicos brasileiros movimenta cerca de US$ 260 milhões de dólares ao ano.

Diante dessa situação, para fazer frente à grande pressão extrativista sobre as plantas medicinais, o IBAMA criou em 2001 o NÚCLEO DE PLANTAS MEDICINAIS E AROMÁTICAS - NUPLAM.

O NUPLAM visa conciliar pesquisa científica e conhecimento tradicional, acreditando que a valorização desse conhecimento e a partilha dos benefícios dele resultante são um caminho para a geração de renda, melhoria da qualidade de vida das populações extrativistas e a conservação de ecossistemas naturais.

Propõe-se, ainda, a realizar, incentivar e divulgar a pesquisa científica voltada para o desenvolvimento de técnicas de cultivo e manejo que garantam a sustentabilidade econômica e ecológica do uso de plantas medicinais e aromáticas e a valorização dos conhecimentos e saberes populares.













 

                                                   











Fabiana Rodrigues da Silva

ENTREVISTA SABERES POPULARES


UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA/UABIII
FACULDADE DE EDUCAÇÃOCENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
FUNDAMENTO TEÓRICO METODOLÓGICO E PRÁTICA ESCOLAR EM CIÊNCIAS I –

Professor: Guilherme Tropia Barreto de Andrade
Tutora a distância: Ana Cristina Atala Alves
Aluno(a): Kênia Evangelista da Silva Dias
Pólo: Ilicínia – UABIII – 2º Período/2012

ENTREVISTA

1-Nome completo?
Jandira dos Reis de Paula (Dona Jandira) (Minha avó).
2-Idade?
86 anos
3- Cidade onde mora?
Moro em Alpinópolis – Minas Gerais
4-Estado civil?
Viúva há 23 anos
5-Naturalidade?
Divinópolis – Minas Gerais
6-Quantos filhos?
Tenho 13 filhos, todos vivos.
7-Profissão?
Sempre foi do lar e nunca trabalhei fora. Meu marido era militar e nunca deixou que eu trabalhasse. Antes de me casar, aos 16 anos, eu trabalhei como doméstica na casa de conhecidos de minha mãe.
8-Um sonho realizado?
Ter conseguido comprar a minha casa ainda junto com meu marido antes dele falecer.


09-Sente saudade de?
Sinto muitas saudades do meu falecido marido e também dos meus pais. Também sinto saudades de quando morava em cidades que possuíam linhas férreas e a gente tinha que viajar de trem de ferro. Esse tempo me dá saudades de quando via o trem de ferro atravessar a cidade apitando e soltando fumaça. Meus filhos corriam sempre para vê-lo. Bons tempos aqueles!
10-Lugar inesquecível?
Eu morei em dezenas de cidades devido ao meu marido ser militar e ter que ficar mudando sempre. Em cada cidade uma história, algo diferente que ainda guardo comigo em minha memória. Todas as cidades e moradas, se tornaram inesquecíveis para mim.
11-Fale um pouco sobre a sua vida.
Nasci em Divinópolis, Minas Gerais e sou de uma família muito humilde. Não tive irmãos. Meu pai trabalhava como motorista de trem de ferro e minha mãe às vezes trabalhava em casas de conhecidos como doméstica. Meu pai faleceu novo em um acidente com o trem que ele dirigia. Minha mãe ficou viúva aos 27 anos de idade e eu contava com 11 anos de idade. Ela não quis se casar novamente e passou a dedicar sua vida, logo após que me casei aos 16 anos, a cuidar de pessoas doentes, a trabalhar em hospitais, em igrejas, em casas de famílias...
12-O que você gostava de fazer antigamente, e que hoje não faz?
Eu gostava muito de sair para pescar com meu marido e com meus filhos mais velhos. Era a nossa diversão, já que não tínhamos condições de termos outros tipos de lazer.
13- Havia muitos costumes e tradições antigamente que nos dias atuais já não existem mais. Conte-nos alguns que a senhora recorda-se.
- Eu me lembro que nas casas não tinha energia elétrica e para clarear a noite, usávamos lamparina com querosene.
- Para tomar banho, ou usávamos bacias grandes ou latão com alguns furos que era pendurado em algum cômodo que servia de banheiro e então o enchíamos de água quente e fria e a água ia saindo pelos furos para que pudéssemos no lavar. O banho durava apenas o tempo da água acabar.
- Cozinhávamos feijão em fogareiros feitos de serragem de pau. Enchíamos uma lata de serragem e colocávamos fogo. A serragem ia queimando aos poucos e cozinhando o feijão.
- Não existia gás de cozinha e tudo era feito no fogão de lenha em panelas de barro ou de ferro.
- Para preparar os alimentos usávamos gordura de porco que nós mesmos criávamos nos quintais das casas.
- Também aproveitávamos o calor do fogão de lenha para secar toucinho no sal em um arame pendurado em cima do fogão de lenha para que ele se conservasse. O restante da carne de porco, a gente cozinhava e guardava em latas com gordura. Duravam meses conservadas nessas latas.
- Com a gordura de porco, ainda fazíamos sabão para lavar as roupas e louças.
- Para passar as roupas, usávamos um ferro muito pesado com brasas de carvão dentro.
- Os remédios eram chás e ervas que tínhamos em nosso próprio quintal.
- O café era limpo em pilões com força braçal e depois a gente mesmo torrava no fogão de lenha e moia em pequenos munhos.
14 – A senhora tem alguma recordação de sua infância, de alguma coisa que era usado para alguma utilidade e que hoje não se usa ou quase não se vê mais?
Meus avós moravam na zona rural e me recordo que no pequeno sítio onde viviam, tinha um moinho movido a água onde meu avô fazia fubá. Era muito interessante ver como ele funcionava socando milho por milho até virar pó e se transformar no fubá. Hoje quase não se vê mais desses moinhos e nem sei se eles ainda existem.
Outra coisa que tinha no sítio de meu avô, era um carro de boi que ele usava para buscar lenha, carregar pedras, sacos pesados e até mesmo para ir a cidade fazer pequenas compras em armazéns. A gente ouvia de longe que ele estava chegando da cidade por causa do “canto das rodas” do carro de boi como o povo antigamente usava falar. Quanto mais pesado o carro estava, mais alto era o canto das rodas. Também já não vemos mais carros de boi pelas cidades. Somente em alguns pequenos sítios que ainda conservam como lembranças ou como enfeites.
15 – Do que a senhora sente saudades daquele tempo?
Da calmaria, do sossego e da simplicidade em que vivíamos. As pessoas não corriam tanto e era muito comum parar para conversar, visitar um parente ou um compadre ou ainda um amigo para se bater um papo que durava horas. Naquele tempo não existia televisão e as pessoas gostavam disso. Hoje com tanta tecnologia, computador, televisão, todo mundo se isola e pouco se relacionam uns com os outros.
Lembro que minha avó gostava muito de contar histórias para a gente dormir, histórias tradicionais que eram passadas de geração para geração e outras que eram inventadas, os chamados “causos”.
Hoje em dias as crianças não ligam para isso e só querem televisão, vídeo-game e a tal da internet.
Não havia tanto conforto como nos dias atuais, mas o que tinha dava para a gente sobreviver.
Gosto do mundo atual, mas sinto falta das dificuldades de antigamente, das poucas coisas que existiam e da alegria e simplicidade do povo em geral.

ENTREVISTA SABERES POPULARES



UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA/UABIII
FACULDADE DE EDUCAÇÃOCENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
FUNDAMENTO TEÓRICO METODOLÓGICO E PRÁTICA ESCOLAR EM CIÊNCIAS I –

Professor: Guilherme Tropia Barreto de Andrade
Tutora a distância: Ana Cristina Atala Alves
Aluno(a): Fabiana Rodrigues da Silva
Pólo: Ilicínia – UABIII – 2º Período/2012

 Entrevista

1-Nome completo?
Maria Dergida de Melo
2-Idade?
83 anos
3-Onde mora?
Na cidade de Passos, com meu filho.
4-Estado civil?
Viúva à 14 anos
5-Naturalidade?
São Roque de Minas
6-Quantos filhos?
Tenho 12 filhos muito bem criados e encaminhados na vida.
7-Profissão?
Hoje estou aposentada, mas trabalhei boa parte da minha vida como retireira.
8-Um sonho realizado?
Ter criado meus 12 filhos.
9-Um sonho que ainda não realizou?
Não tenho casa própria.
10-Sente saudade de?
Sinto saudade do sossego da fazenda.
11-Lugar inesquecível?
Das cachoeiras da Serra da Canastra.

12-Fale um pouco sobre a sua vida?
Minha infância foi muito divertida mesmo não tendo os brinquedos que as crianças tem hoje em dia, sempre recebia a visita de meus tios e primos, com quem brincava muito. Era tudo muito sofrido, vivíamos sem recurso, mas carinho e amor nunca me faltou.
13-O que você gostava de fazer antigamente, e que hoje não faz?
Hoje por causa da idade, não posso comer as comidas fortes e gostosas que comia antigamente, como por exemplo, doces e carnes gordas.
14-O que tinha de bom na nossa cidade e que hoje não tem?
Sossego, paz, tranqüilidade e crianças brincando nas ruas.
15-O que existe em nossa cidade, do tempo em que a senhora era jovem, e que permanece até hoje?
Pelo que eu saiba nada. Porque os governantes da nossa cidade não são ligados as tradições e não sabem valorizar o que o povo mais antigo lutou tanto para conquistar.
16-Qual a sua receita predileta?
Pau a pique, doce de leite, pão de queijo, bolo de fubá, etc.
17-Como fazia para conservar os alimentos?
Quando matávamos porco a carne era conservada na própria gordura do animal. Usava descarnear o porco e fritar a sua carne e conserva-la em sua gordura.
A comida que sobrava era esquentada no jantar e se sobrasse de novo, jogávamos para as galinhas no quintal, mas lembrando que essa comida era sempre conservada bem quentinha em cima do fogão de lenha. As brasas do fogão a lenha ficavam acesas durante o dia inteiro.
As verduras, legumes, frutas e os chás, eram plantados em nossos quintais e esperávamos a época certa para serem colhidos, pois nesta época não se falavam em agrotóxicos, abusos e nem em conservantes.
18-Quais eram os recursos utilizados, caso precisasse vir à cidade?
Não tinha recursos nenhum. Quando alguém ficava doente, agente vinha a cavalo, de carroça ou a pé. Outra hora, quando o dono da fazenda se conscientizava e mandava trazer ou ele mesmo trazia de jipe ou de caminhonete.


quarta-feira, 30 de maio de 2012

A Desvalorização do Idoso

                   Cronologicamente, idosos são todas as pessoas com mais de 60 anos de idade. Isso cronologicamente, ainda existe muito garotão de 80!!! A imagem do idoso muitas vezes é associada de forma errônea a uma pessoa impossibilitada de realizar certas atividades, sejam elas físicas ou não. Acredito que esse seja apenas um estágio da vida. Assim como algumas crianças são mais sapecas que as outras, alguns adolescentes mais acanhados que os outros, assim são os idosos, cada qual com suas características próprias.
            Infelizmente algumas sociedades, assim como a nossa, os tratam como inúteis e incapazes de contribuir para o desenvolvimento de seu povo. Os próprios idosos passam a se sentir como um fardo para a sociedade e suas famílias.  Os países desenvolvidos por sua vez, tratam os idosos de maneira mais igualitária. Em determinados países há clara tendência de aproveitá-los inclusive profissionalmente.
            É evidente que o idoso não dispõe da mesma energia que tinha na infância, neste sentido, cabe aos membros da sociedade compreender esta pessoa em seu processo de vida, de transformações, conhecer suas fragilidades, modificando sua visão e atitude sobre a velhice, e colaborar para que o idoso mantenha sua posição junto ao grupo familiar e a sociedade.
  
                                                                                              Paloma Aparecida de Souza

Entrevista sobre ditos, tecnologia e sua influência na sociedade.


UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA/UAB
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Fundamento teórico Metodológico e Prática Escolar em Ciências I
Tutora a distância
: Ana Cristina Atala Alves
Aluno (a): Paloma Aparecida de Souza


Essa entrevista foi realizada com uma senhora de 68 anos. Seu nome é Maria do Carmo e trabalha como costureira em sua casa, uma vez que já é aposentada. Sua inteligência, embora possua pouco estudo, é notável. Segue abaixo algumas perguntas feitas sobre sua infância e seus ditos:

Como foi sua infância?
Resposta: Minha infância foi bem diferente da de hoje, isso eu já posso te adiantar. Na minha época a gente não dispunha de muito tempo para brincar, tínhamos que trabalhar pra comer. Diferente do que acontece hoje. Eu e meus irmãos brincávamos no caminho para casa, e vou te falar uma coisa: Nos divertíamos muito mais que esses meninos de hoje.
Como eram os ditos populares? Vocês realmente acreditavam na veracidade dos mesmos?
Resposta: Até hoje os ditos populares estão presentes na sociedade, essa história de ciência nada mais é que uma palavra moderna, mas que significa dito. Um dito é uma crença você não tem a sua? (risos). Eu acreditava e acredito nos ditos, muitas das coisas ruins que acontece hoje em dia é culpa do homem moderno, que movido por ganância e falta de fé se auto prejudica.
Como você acha que os jovens se portam diante desses ditos?
Resposta: Hoje em dia os jovens não têm respeito pelos mais velhos, o que muito me preocupa. Vejo meus netos e até meus filhos e confesso que me dá medo só de pensar no que pode vir a acontecer. Eu já estou no “fim da linha”, sinto que minha vida já está no final, mas esses meninos que têm uma vida inteira pela frente em muito me preocupam. Olho para eles tem hora e me dá uma enorme vontade de chorar. Hoje em dia os jovens não respeitam nem a lei minha filha, dirá os ditos e aos mais velhos.
A senhora acha que a tecnologia pode ter interferido nisso de alguma forma? Qual foi o intuito da criação e evolução da tecnologia em sua opinião?
Resposta: Acho que a função dessa tal de tecnologia é formar robôs, não humanos. As crianças estão cada vez mais dependentes desses meios. Antigamente as pessoas paravam para conversar, tinham suas rodinhas e traziam para essas rodinhas suas vivências. Hoje não.  Conversam mais ou menos pelo computador e esquecem o tanto que é importante se relacionar.
Se as pessoas se comportassem como na sua época, como a senhora acha que seria o mundo hoje? 
Resposta: Acredito que seria bem melhor. Não precisávamos de muito para viver, apenas do essencial, sendo que até ele faltava de vez enquanto. Sabíamos extrair a felicidade do pouco que tínhamos. Hoje se  tem tudo e nada ao mesmo tempo. Não se tem respeito, amor e muito menos felicidade.
                                                                                               Paloma Aparecida de Souza

domingo, 27 de maio de 2012


Professor: Guilherme Tropia Barreto de Andrade
Tutora a distância: Ana Cristina Atala Alves
Aluno (a): Juliana Pimenta Lopes de Souza

             Entrevista feita com Magda Pimenta Lopes, nascida no município de Carmo do rio claro no dia 23/03/1939 mas mudou-se ainda pequena para Alpinópolis onde reside atualmente.

Juliana: Como era sua vida na infância e juventude?
Magda:Cresci numa família de 11 irmãos e sendo assim foi uma infância agitada e cheia de brincadeiras mas também de muito serviço. Como eu era das filhas mais velhas e minha mãe tinha um filho a cada ano eu tinha que ajudá-la nos afazeres domésticos e cuidar dos meus irmãos menores. Gostava muito de brincar de boneca, casinha e fazer bonequinhos de barro na beira do córrego junto com minhas amigas. Á noite brincava com as amigas na porta de casa ou no jardim que era em frente minha casa (sempre perto porque meu pai não deixava ir muito longe dos seus olhos). A gente gostava de cantar e contar estórias. Na juventude, fora do horário da escola, fazia passeios aos domingos com os amigos. De vez em quando tinham brincadeiras dançantes nas casas de famílias conhecidas. Nessas brincadeiras, os rapazes ficavam de um lado da sala e as moças de outro. Vez ou outra nos chamavam para dançar...como era bom aquele tempo,quanta inocência. Aquelas noites dançantes eram inesquecíveis, ficávamos dias pensando e recordando das danças, dos flertes com os rapazes e dos recadinhos que recebíamos no final da noite marcando encontros na praça. Aqui em Alpinópolis, quando eu era mocinha também ia ao cinema aos domingos, mas só com algum irmão ( naquele tempo tinha cinema na Ventania e se chamava Cine São Sebastião).Meu pai mexia com roça e tínhamos fartura de frutas,verduras e muitas vezes a gente fazia pic-nic com a família toda na roça aos finais de semana. Me recordo de levantar bem cedo e ir no pasto ver meu pai tirar leite. Meus irmãos e eu íamos com as canequinhas na mão para tomar leite fresquinho. Algo que me recordo dessa época é que meu pai colocava uma dose de conhaque no fundo do copo e completava com leite tirado na hora e bebia com uma boca boa...
Juliana: Que diferenças você percebe no mundo hoje com o qual você vivenciou na infância e juventude?
Magda:As diferenças são inúmeras, nós éramos obedientes aos pais e ter respeito era primordial na família. Quando íamos a alguma festa e a mamãe dizia que tinha vestido novo para estrear era uma alegria só. Pense nas meninas de hoje, não deixam as mães opinarem nas suas roupas, todo final de semana querem uma roupa e sapatos diferente, dizem que somos “bregas” e não obedecem aos horários estabelecidos pelos pais( acho que nem tem horário não é mesmo?).Numa família numerosa como a minha era comum dividirmos as mesmas roupas e isso não causava nenhum tipo de divergência. Hoje em dia, os jovens estão cada vez mais egoístas e isolados. O namoro na minha época era no banco da praça sob supervisão de meus irmãos mais velhos e para o casal pegar na mão levava dias....Hoje, sabemos que numa “ficada” de uma só noite já se tem relação (transa) na gíria dos jovens de hoje. Hoje sem tem total liberdade, os jovens não ouvem os pais e não tem tanto respeito como a gente tinha. Acredito que a televisão influencia muito os jovens de hoje, eles só querem ficar no computador e na Internet. Não brincam mais, não se reúnem para um bate papo saudável e se esquecem muito dos idosos (não dão atenção).
Juliana: Que ações, atividades que você e seus parentes faziam há 50 anos atrás que hoje não fazem mais?
Magda: Chupar frutas no pé, andar na enxurrada nos dias chuvosos, costurar roupinhas para as bonecas, reunir a família e fazer passeios aos domingos (hoje os filhos não gostam de sair com os pais ), fazer dramatizações na escola nas datas cívicas, levar flores para os professores.
Juliana: O que mudou na cidade que você mora da sua infância e juventude até hoje?
Magda: A cidade cresceu muito, o comércio melhorou e trouxe facilidade para quem vive aqui hoje.No meu tempo,a gente tinha que sair para estudar pois, aqui não tinha o que hoje é o ensino fundamental (anos finais) e nem mesmo o que vocês dizem hoje ensino médio, que no meu tempo era a admissão. Hoje as famílias tem mais conforto e interesse em melhorar de vida. Os jovens tem mais opção de lazer e o estudo é mais acessível.
 Juliana: A senhora se lembra de como eram as técnicas de construção, plantio em terrenos íngremes, o controle de pragas, a produção de energia e a conservação dos alimentos?
Magda:Muitas construções antigas eram feitas de barro, não tinha cimento naquela época. Me lembro de quando meu pai construiu nossa casa, teve que vir material de outra cidade pois, aqui em Alpinópolis não se comprava material de construção. Muitas vezes eu e meus irmãos corríamos para a porta de casa para ver os carros de boi que transportavam materiais para a construção das casas. Hoje é tudo mais fácil,tem máquina pra tudo, até pra plantar café na pirambeira onde é de difícil acesso. Meu pai muitas vezes passava a noite com seus empregados em dia de geada, acendendo tochas e mais tochas de fogo para que a geada não queimasse o café, porque senão o prejuízo era grande. Quantas noites ficávamos sem luz elétrica e era preciso usar lampião para tomarmos a refeição ao anoitecer. Como não tinha geladeira naquela época, minha mãe conservava as carnes em grandes latas cheias de gordura. As verduras eram plantadas na própria horta e eram sempre frescas.
Juliana: Naquela época, como eram eliminados os dejetos já que não se tinha água encanada? E como era feita a prevenção e o tratamento de doenças?
Magda: A assistência médica era insuficiente, não tinha muitos médicos. Já havia alguma vacina mas como na cidade não havia matadouro e o gado era morto em qualquer quintal, era muito comum as crianças terem vermes como a Tênia solium e a Tênia saginata, que eram provenientes de carne contaminada. As pessoas não eram esclarecidas quanto à higiene dos alimentos e das mãos. Não havia água encanada e nem calçamento,as casas tinhas fossas nos quintais e não havia higienização das caixas d ‘água. Como você pode ver, a vida hoje é bem mais simples e confortável. A facilidade das coisas, tudo pronto e fácil de se fazer,se bem que os produtos de hoje tem muita química( corante, conservante) , tem até mulher que passa formol nos cabelos não é mesmo?

Juliana Pimenta Lopes de Souza

sábado, 26 de maio de 2012

RELAÇÕES ENTRE OS SABERES POPULARES E OS SABERES ESOLARES

Sebastião Jonas da Silva

Nasceu em Carmo do Rio Claro - MG, em 1941 filho de Antônio Jonas Silva - lavrador e Maria Benedita Moreira - Do lar. Casou-se aos 25 anos com Maria das Graças Silva, juntos tem 8 (oito) filhos e 5 (cinco) netos. Após longos anos de dedicação ao serviço na roça, aposentou-se recentemente.

Marisa - Como era sua vida na infância e juventude?

Sebastião - Em minha infância não havia a diversidade de brinquedos que existem atualmente, e eram só as pessoas mais abastadas que compravam, sendo assim eu criava e construia os brinquedos para que eu pudesse brincar, com o sabugo de milho fazia carrinhos de boi, quebrava o sabugo no meio e fazia bezerrinhos, carrinho de lata de marmelada, carrinho de carretel de linha e a traseira era de lata de sardinha, usava o caco de cuia para fazer as rodinhas que eram arredondadas com um canivete, palhas de bananeira eram utilizadas para fazer a carroceria do caminhão, a bola era feita de lobeira e meia velha outra hora de meia velha e trapos, nadava no ribeirão, andava a cavaloa garupa de meu pai (na cabeça do arreio), pique esconde, roda (tatu quer sair), montava nos carneiros que corria e corria muito eu caia, levantava e subia nele novamente (risos), brincava nos regos d'água, fazia arapuca para pegar passarinhos, enchia o carrinho com terra de formigueiro e puxava no caminho que as formigas faziam na terra,despejava e voltava novamente para pegar mais terras. Na juventude levava almoço para o meu pai que trabalhava capinando lavouras de café, milho e arroz, e eu também trabalhava nas lavouras, ia muito nos saudosos bailes onde eu dançava muito forró, tocava sanfona, éramos avisados de um baile para o outro qual seria o dia do próximo forró, tinha muita quitanda como bolo, biscoito as quitandas eram chamadas também de CUBU, as vezes eu e meus colegas pegávamos quitanda e colocávamos nos bolsos para comer depois, as bebidas eram chá de alfavaca, quentão quando estava nos meses de festa junina, café, os rapazes mais velhos levavam pinga e escondiam nas moitas, eu e meus colegas ficávamos vigiando (sondando) onde eles iam guardá-las para que mais tarde pudessem beber era uma forma de diversão bebiamos um pouco, guardava o restante, ouras vezes jogávamos a pinga fora e guardávamos só a garrafa no lugar.

Marisa - Que diferenças o senhor percebe no mundo hoje com o qual o senhor vivenciou na infância e juventude?

Sebastião - A escola ficava longe, e haviam poucas no municipio, eu não tinha aperto dos meus pais para estudar, mesmo porque eles tinham pouco estudo. Não usava pressionar (apertar) os filhos para que eles estudassem, estudava só os que queriam estudar, as escolas públicas iam só até a quarta série, depois disso só estudava quem pudesse pagar, eu não ia para escola e quando ia não me importava com nada, depois da escola ia capinar, trabalhar, hoje as crianças desde muito pequenas já são pressionadas à estudar, o ônibus passa na porta de casa para levá-los para a escola.
As brincadeiras de antes eram melhores que hoje, hoje as crianças não tem tempo nem para brincar,  e quando vão brincar é na frente do computador, disse que quando era criança brincava muito não se importava com o futuro só vivia o presente, e cita que pressão dos pais para ele estudar nãoexistia, a alimentação era melhor não existia veneno nos alimentos, não existia óleo as comidas eram feitas de gordura de porco e de vaca, usava banha de porco, as vacas eram engordadas só no milho, vaca de leite só se alimentavam da invernada (pasto grande), usava sal para alimentar as vacas, não tinha trato, os alimentos eram puros e o leite mais saudável.

Marisa - Que ações, atividades que o senhor e seus parentes faziam há 50 anos, que hoje não fazem mais?

Sebastião - Os passeios na casa dos avós, tios os pais chamavam e eu ia alegre e não ir era falta de respeito e falta de educação, jogava truco na casa dos vizinhos, jogava bola na roça com os amigos, tinha leilão na roça para arrecadar dinheiro para as igrejas, ia nas missas à cavalo, tinha muita novenas e terços nas capelinhas, depois das novenas tinham os bailes e eu as vezes ficava para os bailes que aconteciam depois da novena, não tinha televisão nem rádio, teve acesso a televisão depois de alguns anos que se mudou para a cidade, quando tinha casamento ia ao menos um da família que sempre dava um presente por mais simples que ele fosse havia o costume de servir licor nos casamentos, o aniversário era comemorado em casa e sabiam que estava sendo comemorado porque era feito um almoço melhor.

Marisa - O que mudou na cidade que o senhor mora da sua infância e juventude até hoje?

Sebastião - A quantidade de habitantes aumentou, a cidade cresceu, as ruas na minha época eram só de terra hoje são asfaltadas, não tinha loja de roupas e sapatos, o costume era tirar as medidas e sapateiros e alfaiates faziam as roupas, antes nosso meio de transporte era o cavalo hoje tem muitos carros, motos, não tinha água encanada quando morava na roça pegava água nas latas e guardava para usar á noite nos banhos, para beber, lavar louças porque durante o dia as roupas e louças eram lavadas no ribeirão, quando mudou para a cidade cada casa tinha uma torneira e eram usadas fossas sépticas tanto na roça quanto na cidade, energia elétrica também não tinha eram usados lamparinas, lampião não tinham postes nas ruas mas já existiam postes na cidade, para conseguir energia em casa era preciso que mais pessoas que morassem na mesma rua quisessem colocar energia em sua casa e só depois de uma quantidade determinada é que colocavam postes na rua e as casas passariam a ter energia elétrica, e mesmo assim cada casa tinha uma lâmpada que era bem fraquinha não era clara como são as hoje, os banhos continuaram na bacia só depois que colocou chuveiro a energia acabava sempre, os trabalhos eram a maioria nas roças e ia a pé não importava a distância tinha que ir e voltar a pé, gostava porque riam e conversavam bastante porque ia junto com seus colegas para o trabalho, lembrou bastante dos médicos disse que não tinha a quantidade que tem hoje e que o que usava muito eram os farmacêuticos medicarem os médicos eram em último caso porque era tudo longe e tinham poucos médicos, quando alguém era picado por cobra esperava morrer porque não existia medicamentos e nem tratamentos lembrou muito do médico Dr Luís Introcaso Filho, bem conhecido por todos os carmelitanos.

Marisa - Como era o plantio em terrenos íngremes?

Sebastião - O que fazia primeiro era arar a terra com arado de boi (um homem segurava o arado e o outro fazia as covas), depois passava o quebra terrão (um pedaço de pau grosso amarrado no boi), só tocava o gado e ele ia passando e quebrando os terrões, para plantar fazia o buraco com a enxada e jogava as sementes e mudas com as mãos e passava a mão por cima para fechar as covas, não usava colocar agrotóxicos, só colocava esterco quando a terra era bem fraca e veneno só em formigas colocava o veneno nos buracos das formigas e empurrava pra bem debaixo da terra, não existiam pragas como existem hoje não tinha necessidade de fazer controle rigoroso das pragas aparecia uma ou outra praga.

Marisa - Como era feito a conservação dos alimentos?

Sebastião - A carne era conservada na gordura, os alimentos ficavam dentro da panela em cima do fogão porque não tinha geladeira, as verduras eram plantadas na horta e panhavam de acordo com a necessidade de consumo, a água para tomar era guardada em vasilhas de barro nõ tinha filtro.

Marisa - Como eram feitos os diagnósticos, prevenção e tratamento das doenças?

Sebastião - Muitas pessoas adoeciam até morrer e não sabia que doença tinham, o aparelho de medir pressão era mais conhecido por todos, quem medicava muito eram os farmaceuticos e usava muito remédio de horta ( os famosos chazinhos).

O senhor Sebastião Jonas da Silva é natural de Carmo do Rio Claro e sempre morou na roça chamada Itapiché se mudou para as cidade para que os filhos pudessem estudar.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA/ UAB III
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
FUNDAMENTO TEÓRICO METODOLÓGICO E PRÁTICA ESCOLAR EM CIÊNCIAS I
PROF: GUILHERME TROPIA BARRETO DE ANDRADE
TUTORA A DISTÂNCIA: ANA CRISTINA ATALA ALVES
ALUNA: MARISA CRISTINA SILVA















sexta-feira, 25 de maio de 2012


Entrevista realizada no dia 22 de maio de 2012 com a senhora Maria Aparecida Freitas Karck,líder religiosa, mais conhecida como dona Cida, homenageada  a Mãe do Ano 2012 pelo Rotary Club Três Pontas, pela contribuição e dedicação na formação de uma sociedade com valores morais e éticos.
Rosária: Como era a vida da senhora durante a infância e a juventude?
Dona Cida: Minha infância foi muito divertida, brincamos muito de pique- pega, pique- esconde, amarelinha. No final do dia juntava aquela turma de criança em frente as casas e todo mundo se divertia na maior inocência. Hoje em dia com a tecnologia muita coisa mudou, as crianças não tem brincadeira “sadia” mais. Os pais não tem diálogo com as crianças, fica cada um para um lado, antigamente as mães ficavam mais com os filhos, a infância era mais longa e isso era bom!
Na juventude agente saía somente acompanhada dos pais, quando começava a namorar era para casar e o namoro era só dentro de casa. Muitas coisas que eu não achava certo que meus pais faziam, procurei fazer diferente com meus filhos. Tenho  4 filhos, ensinei eles a ter responsabilidade sem precisar apanhar, somente com muito diálogo e deu certo!
Rosária: A senhora sempre morou em Três Pontas?
Dona Cida: Não. Nasci em Três Pontas, mais fui com meus pais para São Paulo com 2 anos de idade e só retornei aos 42 anos, casada e com 4 filhos.
E lá em São Paulo (capital) como foi a vida da senhora? No que os pais da senhora trabalhava ?
Meu pai era industriário, minha mãe ficava em casa comigo. Ela fazia questão de me ensinar os afazeres domésticos. Uma parte do tempo eu estudava, outra eu brincava e ajudava ela. Aprendi a costurar, a tocar teclado, a bordar. Tive muitas oportunidades, não precisei sair da escola para trabalhar, como muitas crianças daqui tiveram. Era filha única.
Rosária: A senhora me disse que seu pai era industriário, poderia me dizer o que acha dos avanços ocorridos na indústria de alimentos?
Dona Cida: Melhorou muito, agora o povo tem mais facilidade em adquirir os alimentos, mais eles não estão sabendo usufruir desse conforto. Exageram, comem muito enlatados, muita massa, com isso as doenças vem surgindo.  Até nos remédios as pessoas exageram, não bebem mais aqueles famosos chás de horta que curavam quase tudo, agora é só remédio de farmácia.Antigamente o povo era mais saudável, os alimentos não tinham agrotóxicos, agente conservava por exemplo: o leite fervido, a carne bem cozida , o feijão era fervido várias vezes para não azedar. Hoje agente tem até feijão cozido enlatado, e com vários conservantes prejudiciais à saúde. Podem sim, comer alimentos industrializados, mais com os devidos cuidados, dando atenção as datas de validade e lendo os rótulos.
Rosária: A senhora acha que a vida das pessoas, no geral, melhorou ou piorou?
Dona Cida: Eu acho que melhorou , quando as pessoas tomarem consciência e souberem aproveitar de maneira certa essa” modernidade”, aí sim, as coisas vão melhorar, veja só: antigamente não tinha água encanada, meu pai por exemplo fez um poço lá aonde agente morava e essa era a água que agente consumia. Depois veio a bomba flutuante, que tirava a água do poço sem esforço físico, e logo em seguida a bomba pistão que mandava a água para uma caixa , por onde era distribuída pelos cômodos da casa. As coisas foram melhorando.
Rosária: Muito obrigado pela gentileza da entrevista. Fique com Deus, tudo de bom para a senhora e toda a sua família!




Na 9ª semana - 12 a 18 de maio - Foi passado o roteiro abaixo para que os alunos pudessem executar uma entrevista  com uma pessoa idosa (com 70 anos de idade aproximadamente)  de sua cidade. Os registros desta entrevista podiam ser feitos por meio de filmagens, através de vídeo, pequenas notas ou através de um relato do que foi dito (feito durante ou depois da entrevista) o material sobre a entrevista será utilizado mais adiante.


Roteiro para a entrevista
O que é um roteiro?
O roteiro é um guia que vai indicar caminhos e/ou questões para serem realizados com a pessoa entrevistada. Não necessariamente ele se constitui somente de perguntas, mas pode ser construído através de temáticas a sobre as quais vocês iram comentar com o entrevistado para que ele fale sobre o assunto.
Quais são os tipos de entrevistas?
Existem, segundo Minayo (1993) , três tipos de entrevistas:
Estruturada: são elaboradas mediante questionário totalmente estruturado, ou seja, é aquela onde as perguntas são previamente formuladas e tem-se o cuidado de não fugir a elas. A entrevista estruturada ou questionário geralmente é utilizado nos censos como, por exemplo, os do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), nas pesquisas de opinião, nas pesquisas eleitorais, nas pesquisas mercadológicas, pesquisas de audiência, etc.
Semi – estruturada: combinam perguntas abertas e fechadas, onde o informante tem a possibilidade de discorrer sobre o tema proposto. O pesquisador deve seguir um conjunto de questões previamente definidas, mas ele o faz em um contexto muito semelhante ao de uma conversa informal. O entrevistador deve ficar atento para dirigir, no momento que achar oportuno, a discussão para o assunto que o interessa fazendo perguntas adicionais para elucidar questões que não ficaram claras ou ajudar a recompor o contexto da entrevista, caso o informante tenha “fugido” ao tema ou tenha dificuldades com ele. Esse tipo de entrevista é muito utilizado quando se deseja delimitar o volume das informações, obtendo assim um direcionamento maior para o tema, intervindo a fim de que os objetivos sejam alcançados.
Aberta: utilizada quando o pesquisador deseja obter o maior número possível de informações sobre determinado tema, segundo a visão do entrevistado, e também para obter um maior detalhamento do assunto em questão. Ela é utilizada geralmente na descrição de casos individuais, na compreensão de especificidades culturais para determinados grupos e para comparabilidade de diversos casos.

O ROTEIRO:
Como uma sugestão inicial para que vocês comecem a pensar e a construir um roteiro próprio definimos alguns questionamentos que achamos importantes que vocês abordem e procurem incluí-los quando forem realizar suas entrevistas.
Procurar saber:
·        Como era a vida dele/dela na infância e juventude;
·        Que diferenças ele/ela percebe no mundo hoje e no mundo com o qual ele/ela vivenciou na infância e juventude;
·        Que ações, atividades que ele/ela e seus parentes faziam há 50 anos atrás e que hoje não fazem mais;
·         O que mudou na cidade que ele/ela mora da sua infância e juventude até hoje.




Na 10ª Semana - 19 a 26 maio 

A atividade desta semana será fazer uma descrição sobre a
entrevista realizada na 9ª semana. O envio do relato poderá ser
feito até o dia 27/05/2012.

          
Postagem feita por:  Janaina Maria Elias, Luciana Maria de Paulo Teixeira, Soraya Cristhina dos Santos Faria.
Alunas da UAB III, Pólo de Ilicínea.
25/05/2012